LER/DORT: O Guia Definitivo Sobre Lesões por Esforços Repetitivos

LER/DORT pode comprometer sua qualidade de vida. Veja como identificar, tratar e evitar essas lesões ocupacionais com dicas práticas.

Escrito por: Francine Panigassi
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Revisado em: 14/05/2025
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LER/DORT: O Guia Definitivo Sobre Lesões por Esforços Repetitivos

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são problemas cada vez mais comuns no ambiente corporativo e industrial. Muitas vezes confundidos ou mal compreendidos, esses termos designam um grupo de doenças ocupacionais que afetam músculos, nervos e tendões, especialmente nos membros superiores.

Este guia definitivo foi criado para esclarecer de forma técnica, mas acessível, todos os aspectos sobre o tema.


Resumo: O que Você Precisa Saber

TópicoDetalhe
O que éLesões causadas por repetição e esforço no trabalho
DoençasTendinites, bursites, síndrome do túnel do carpo
CausasMovimentos repetitivos, má postura, estresse
TratamentoMedicamentos, fisioterapia, ergonomia
PrevençãoPausas, ginástica laboral, adaptação do ambiente
LegislaçãoRegido por normas como a NR-17 e CID-10
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O que é LER/DORT?

Embora muitas vezes usados como sinônimos, LER e DORT possuem nuances diferentes:

  • LER (Lesões por Esforços Repetitivos): Refere-se especificamente à causa das lesões — movimentos repetitivos e contínuos.

  • DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho): É um termo mais amplo, que considera a relação das lesões com o ambiente ocupacional, incluindo posturas inadequadas, ritmo de trabalho, exigências físicas e fatores psicossociais.

Ambos os termos descrevem um conjunto de doenças ocupacionais que envolvem tendinites, bursites, tenossinovites, síndrome do túnel do carpo, entre outras.

Causas e Fatores de Risco

As causas de LER/DORT geralmente estão ligadas ao ambiente de trabalho e aos hábitos repetitivos.

Principais fatores de risco:

  1. Movimentos repetitivos: como digitar, embalar, montar peças.

  2. Esforço excessivo: levantar peso ou aplicar força contínua.

  3. Postura inadequada: especialmente por longos períodos.

  4. Falta de pausas: ausência de intervalos para descanso muscular.

  5. Ambiente de trabalho mal projetado: mesas, cadeiras e ferramentas sem ergonomia.

  6. Fatores psicossociais: pressão por produtividade, estresse, monotonia.


Principais Doenças Relacionadas a LER/DORT

LER/DORT não é uma doença específica, mas sim um conjunto de condições clínicas.

Entre as mais comuns estão:

  • Tendinite: inflamação de tendões, geralmente nos ombros ou pulsos.

  • Bursite: inflamação das bursas (bolsas que reduzem o atrito entre músculos e ossos).

  • Síndrome do Túnel do Carpo: compressão do nervo mediano no punho.

  • Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): dor na lateral externa do cotovelo.

  • Tenossinovite: inflamação da bainha que reveste os tendões.

  • Mialgias: dores musculares generalizadas, causadas por esforço ou tensão repetitiva.


Diagnóstico: Como é Feito?

O diagnóstico de LER/DORT é clínico e funcional, ou seja, feito por meio de:

  • Anamnese ocupacional: entrevista detalhada sobre o trabalho e sintomas.

  • Exame físico: identificação de pontos de dor, limitação de movimento, inflamação.

  • Exames complementares: como ultrassonografia, eletroneuromiografia e ressonância, quando necessário.

O acompanhamento deve ser feito por médicos do trabalho, ortopedistas ou fisiatras.

Classificação Legal e Normatização

No Brasil, LER/DORT está contemplado pela legislação trabalhista e previdenciária:

  • CID-10: as doenças recebem códigos específicos (como M75.1 para síndrome do ombro doloroso).

  • CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho): deve ser emitida para garantir os direitos do trabalhador.

  • NR-17: Norma Regulamentadora de Ergonomia, que orienta adaptações no ambiente de trabalho para prevenção de LER/DORT.


Tratamento: O Que Fazer Após o Diagnóstico

O tratamento pode variar de acordo com a gravidade, mas geralmente inclui:

1. Medidas clínicas

  • Anti-inflamatórios e analgésicos.

  • Aplicação de gelo ou calor local.

  • Infiltrações em casos de dor intensa.

2. Fisioterapia

  • Exercícios para alongamento e fortalecimento.

  • Reeducação postural.

  • Terapias como TENS, ultrassom e liberação miofascial.

3. Mudanças no ambiente de trabalho

  • Adaptação ergonômica de mobiliário e equipamentos.

  • Redução de ritmo de trabalho.

  • Inclusão de pausas programadas.

4. Afastamento, se necessário

  • Para casos mais graves, pode ser recomendado o afastamento temporário com benefícios previdenciários.


Prevenção: A Chave para Evitar LER/DORT

A prevenção é o melhor caminho, tanto para o trabalhador quanto para as empresas. Um programa eficaz deve considerar:

Boas práticas de prevenção:

  • Ergonomia adequada no posto de trabalho.

  • Pausas a cada 50 minutos de atividade contínua.

  • Alongamentos e ginástica laboral.

  • Treinamentos e conscientização.

  • Alternância de tarefas repetitivas.

A adoção dessas práticas reduz significativamente os casos e melhora a qualidade de vida dos colaboradores.

Impactos nas Empresas

Ignorar os sinais de LER/DORT pode causar:

  • Queda na produtividade.

  • Afastamentos frequentes.

  • Aumento dos custos com saúde ocupacional.

  • Processos trabalhistas.

  • Comprometimento da imagem da empresa.

Investir em ergonomia e prevenção é também uma estratégia de gestão inteligente e econômica.


Ergonomia: O Aliado Contra LER/DORT

A ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao ser humano. Aplicar ergonomia é:

  • Ajustar altura de mesas e cadeiras.

  • Escolher ferramentas que exijam menor esforço.

  • Usar suportes para monitor e teclado.

  • Promover o movimento e evitar a monotonia de funções.

Empresas que adotam programas ergonômicos têm menor rotatividade e maior engajamento.


Conclusão: Conscientizar é Prevenir

LER/DORT é uma realidade silenciosa que pode afetar qualquer trabalhador. O conhecimento técnico, somado à aplicação de medidas preventivas, é a principal ferramenta para enfrentar essa ameaça à saúde ocupacional.

Empresas e profissionais que valorizam o bem-estar físico e mental têm melhores resultados, menos afastamentos e um ambiente de trabalho mais saudável.

Se você gostou deste conteúdo, compartilhe com sua equipe e incentive a ergonomia no seu ambiente de trabalho. Prevenir é sempre o melhor caminho!

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